sábado, 4 de junho de 2011

A Questão Escravista no Brasil Imperial

A Questão Escravista no Brasil Imperial

         Os cafeicultores queriam mais poder político (fundam o Partido Republicano-1870).
         Profissionais liberais urbanos também almejavam a República.
         Guerra do Paraguai: contato do exército com idéias republicanas e abolicionistas. Vitoriosos, os oficiais queriam desempenhar cargos políticos.

Leis Abolicionistas

         1871- Lei do Ventre Livre
         1850- Lei Eusébio de Queiroz
         1885- Lei do Sexagenário
         1888- Lei Áurea

Resistência

·         Fugas e formação de Quilombos
·         Irmandades
·         Capoeira
·         Revoltas
·         Religiosidade
·         E muitas outras formas...

Alguns Heróis da Resistência

         Abdias do Nascimento
         João Candido
         Luis Gama
         Zumbi dos Palmares
         Dandara

Escravizados depois da Abolição

Abolição: um golpe na Monarquia

A Proclamação da República no Brasil

Golpe de 15 de Novembro
         Ação isolada do exército, apoiada apenas por um pequeno grupo de republicanos civis, para a maioria da população a república foi uma surpresa.

A República da Espada
         Poder assegurado pelos militares;
         Promulgação da Constituição da República.

Constituição Republicana

         Brasil: república presidencialista;
         Poder Executivo, Legislativo e Judiciário;
         Voto para homens, maiores de 21 anos, alfabetizados;
         Estado separado da Igreja.

         República das Oligarquias (famílias latifundiárias de cafeicultores filiadas ao Partido Republicano);
         Política dos Governadores(evitar os choques entre a União e os governos estaduais);
         Coronelismo;
         Politica do Café com Leite.

terça-feira, 3 de maio de 2011

O NEGRO COSME


Dono de uma impressionante biografia, que o elevou ao panteão dos mitos, Dom Cosme Bento das Chagas, o defensor da liberdade, virou vilão, à luz da bibliografia oficial, por conta de sua heróica participação na Balaiada que, mesmo sem um comando central, infligiu fragorosas derrotas contra o poder constituído, ocupando importantes cidades como Caxias, Humberto de Campos e Icatu, esta última próxima a São Luís.
Mas o processo que desencadeou a condenação à morte do líder negro está relacionado à luta contra a escravidão. Cosme já havia liderado inúmeros negros inssuretos nos idos de 1830, nos arredores da cidade de Codó, o que lhe valeu uma condenação. Em 1839, à frente de inúmeros negros, tomou a Fazenda da Lagoa Amarela, às cabeceiras do Rio Preto, tornando-a, a partir de então, seu quartel-general. Dentro desse quilombo militar, montou uma escola, a fim de que todos pudessem aprender a ler e escrever, o que naquela época foi um feito notável, tendo em vista que somente os mais abastados usufruíam desse direito.
Muitos autores acreditam que Cosme se destacava na arte da estratégia militar, pois seus inimigos o respeitavam e o temiam. Prova disso é que Luís Alves de Lima e Silva, o futuro Duque de Caxias, reconheceu em Negro Cosme, no mês de setembro de 1840, a mais importante figura a assustar os fazendeiros, por estar à frente de milhares de negros por ele sublevados.
Na Balaiada, os negros foram os últimos a capitularem. A inssurreição foi dada por terminada somente quando as tropas legais capturaram Cosme. No entanto, os combates foram tão intensos e ferozes que a política oficial se viu frustrada na tentativa de poupar a vida dos escravos, para serem entregues aos seus antigos senhores. Negro Cosme é, sem sombra de dúvidas, um símbolo de liberdade do povo maranhense, assim como Zumbi dos Palmares está entre os mais ilustres heróis da Nação.
Preso em fevereiro de 1841, Negro Cosme foi executado em setembro de 1842, após condenado à forca por liderar no Maranhão uma das mais temidas insurreições do povo negro ocorridas no Brasil. À frente dos quilombolas, Cosme tinha um projeto específico, que muitas vezes fora confundido com a luta mais geral dos chamados bem-te-vis. Ele insurgiu-se contra a escravatura, em favor da liberdade. E foi lutando para pôr fim à escravidão que ele engrossou as fileiras da Balaiada, a grande revolta popular que teve lideranças como o chefe índio Matroá, o vaqueiro Raimundo Gomes, Manoel Ferreira dos Anjos, o Balaio, e tantos outros que pegaram em armas contra o arbítrio, a corrupção e outros desmandos, que tantas dores, danos, humilhações e desgraças causaram às populações negras, camponesas e indígenas daquela época.